Há dias estou ensaindo este artigo na minha cabeça. Confesso que a preguiça de escrevê-lo a noite e a quantidade de trabalho na agência durante o dia, retardaram esta iniciativa. Bom, mas agora não há mais desculpas e vou tocar em frente.
Nas últimas semanas, principalmente por causa da 22ª semana de criação publicitárias, li muito a respeito do comparativo entre a propaganda brasileira e argentina. O que percebi é que nossos hermanos aprenderam a respeitar a sua criatividade e sairam do formato 30 ou 60 segundos. Hoje não se faz mais propaganda apenas nestes formatos, pois é preciso saber contar a história toda para gerar impacto ao cliente. Envolvê-lo!!!
Meu conhecimento sobre o trabalho criativo dos argentinos é pequeno, mas também não pretendo dizer aqui quem é o melhor ou o pior e sim, comentar sobre alguns comerciais feitos por aqui. Filmes estes, que ao meu ver, deixaram a criatividade guardada à sete chaves, sob pena de morte, caso alguém chegasse perto.
Antes de mais nada, não quero colocar em xeque a criatividade do Washington Olivetto (bombril) e Nizan Guanaes (parmalat). São os publicitários que mais admiro no mundo. E a fórmula criada por eles no passado foi um tremendo sucesso. Eu disse passado, foi-se, já era, vamos pensar coisas novas, etc...
Alguém pode argumentar que os personagens (Carlos Moreno e os bichinhos da Parmalat) voltaram porquê as pesquisas indicaram boa receptividade pelo target. Tudo bem, os personagens marcaram nossas cabeças na época, mas será que o efeito é o mesmo agora. Simplesmente vejo o “novo” comercial na tv e tenho a sensação de que desliguei a tv ontem e acordei alguns anos no passado.
Sei que esta é uma crítica muito particular, as vezes muito mais focada na marca (cliente) do que na própria agência. Vejo o comercial e a primeira coisa que me vem à cabeça é: Por que o cliente deixou isso passar? Por que o cliente não aposta no novo e deixa o passado de lado? Por mais que este passado tenha sido maravilhoso para a marca. Os tempos são outros!!!
A analogia escolhida para dar pano de fundo à estas comparações são os filmes consagrados no passado e relançados agora, na tentativa descarada de ressucitar alguns atores. O pior pra mim são os filmes com o Stallone. O cara já passou da idade, de repente agora seja a hora de fazer um filme mais maduro, de acordo com a experiência dele (sem explosões e mortes bizarras). Não é possível alguém aceitar rodar um filme, sem roteiro e história. Na boa, ele falou menos do que o Rodrigo Santoro no filme As Panteras. É lamentável.
Precisamos aprender a contar histórias, sem ter o rabo preso com nenhuma mídia. Arriscar em nossa profissão é a coisa mais alucinante que há. É verdade que acontecem erros, mas quando se acerta... Meu Deus, sai uma puta história, que se propaga sem muito esforço. Lembrem-se, estamos na era da web 2 ponto alguma coisa, portanto, conteúdo bom é conteúdo ao alcance de todos.
Um bom feriado pra todo mundo.
Comercial Pinho Brill (2008)
Comercial Parmalat (mamíferos crescidos)
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quarta-feira, 30 de abril de 2008
A criatividade foi pro ralo.
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