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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Os americanos valem cada minuto.

Nestes últimos dias, navegando pela internet, encontrei uma informação muito interessante. Infelizmente, peço desculpas, mas não me lembro da fonte; caso alguém tenha essa informação, pode me repassar e darei os créditos com o maior prazer.

Bom, mas voltando para o post em questão. O jornal The New York Times, divulgou uma pesquisa muito interessante realizada com milhares de amercianos acima dos 15 anos, onde o jornal perguntou como cada pessoa gasta cada minuto do seu dia. É uma analise supreendente sobre o dia a dia deles, que com certeza deve reproduzir um pouco do nosso também.

Seria maravilhoso para todos os planejadores, agências e clientes ter alguma pesquisa como esta, sobre a população brasileira.

Entender como os empregados e desempregados, homens ou mulheres, com ou sem filhos, graduados e pós graduados, gastam o seu tempo comendo, trabalhando, fazendo atividades de casa, viajando, assistindo tv ou filme, navegando na internet, entre outras possibilidades de análise. Sem dúvida alguma, isso seria uma interessante ferramenta.

Pra quem ficou interessado, o pequisa se encontra aqui. Gaste alguns minutinhos entendendo isto tudo, vale muito a pena.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

A criatividade foi pro ralo.

Há dias estou ensaindo este artigo na minha cabeça. Confesso que a preguiça de escrevê-lo a noite e a quantidade de trabalho na agência durante o dia, retardaram esta iniciativa. Bom, mas agora não há mais desculpas e vou tocar em frente.

Nas últimas semanas, principalmente por causa da 22ª semana de criação publicitárias, li muito a respeito do comparativo entre a propaganda brasileira e argentina. O que percebi é que nossos hermanos aprenderam a respeitar a sua criatividade e sairam do formato 30 ou 60 segundos. Hoje não se faz mais propaganda apenas nestes formatos, pois é preciso saber contar a história toda para gerar impacto ao cliente. Envolvê-lo!!!

Meu conhecimento sobre o trabalho criativo dos argentinos é pequeno, mas também não pretendo dizer aqui quem é o melhor ou o pior e sim, comentar sobre alguns comerciais feitos por aqui. Filmes estes, que ao meu ver, deixaram a criatividade guardada à sete chaves, sob pena de morte, caso alguém chegasse perto.

Antes de mais nada, não quero colocar em xeque a criatividade do Washington Olivetto (bombril) e Nizan Guanaes (parmalat). São os publicitários que mais admiro no mundo. E a fórmula criada por eles no passado foi um tremendo sucesso. Eu disse passado, foi-se, já era, vamos pensar coisas novas, etc...

Alguém pode argumentar que os personagens (Carlos Moreno e os bichinhos da Parmalat) voltaram porquê as pesquisas indicaram boa receptividade pelo target. Tudo bem, os personagens marcaram nossas cabeças na época, mas será que o efeito é o mesmo agora. Simplesmente vejo o “novo” comercial na tv e tenho a sensação de que desliguei a tv ontem e acordei alguns anos no passado.

Sei que esta é uma crítica muito particular, as vezes muito mais focada na marca (cliente) do que na própria agência. Vejo o comercial e a primeira coisa que me vem à cabeça é: Por que o cliente deixou isso passar? Por que o cliente não aposta no novo e deixa o passado de lado? Por mais que este passado tenha sido maravilhoso para a marca. Os tempos são outros!!!

A analogia escolhida para dar pano de fundo à estas comparações são os filmes consagrados no passado e relançados agora, na tentativa descarada de ressucitar alguns atores. O pior pra mim são os filmes com o Stallone. O cara já passou da idade, de repente agora seja a hora de fazer um filme mais maduro, de acordo com a experiência dele (sem explosões e mortes bizarras). Não é possível alguém aceitar rodar um filme, sem roteiro e história. Na boa, ele falou menos do que o Rodrigo Santoro no filme As Panteras. É lamentável.

Precisamos aprender a contar histórias, sem ter o rabo preso com nenhuma mídia. Arriscar em nossa profissão é a coisa mais alucinante que há. É verdade que acontecem erros, mas quando se acerta... Meu Deus, sai uma puta história, que se propaga sem muito esforço. Lembrem-se, estamos na era da web 2 ponto alguma coisa, portanto, conteúdo bom é conteúdo ao alcance de todos.

Um bom feriado pra todo mundo.

Comercial Pinho Brill (2008)


Comercial Parmalat (mamíferos crescidos)

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Top Planejamento Estratégico - Dia 03

O Top Planejamento Estratégico 2008 terminou ontem com a palestra do Aloísio Pinto, VP de planejamento da McCann Erickson. Ele falou sobre a necessidade do planejador colocar a mão na massa para desenvolver os trabalhos.

Mais uma vez ficou claro que o planejador é o cara responsável por gerenciar todo o processo criativo dentro da agência, assumindo o risco de ser protagonista. Sem dúvida, é o grupo mais generalista dentro da agência e busca insights de qualquer fonte e/ou referência.

O pessoal do Estalo (ótima referência sobre planejamento) conseguiu a apresentação em primeira mão e gostaria de dividí-la com vocês. Vale muito a pena.




Abaixo, os links de todos os cases apresentados pelo Aloisio Pinto.

- Advertising x Consumer (aqui) - ótimo vídeo sobre o relacionamento entre a propaganda e o novo consumidor.

- Case Contigo (aqui) - abandonando o divã

- Case Jontex (aqui) - assumindo o risco do protagonismo

- Case GT (aqui) - favorecendo inovação relevante

- Case MasterCard (aqui) - fluência em "esperanto"

- Case Meriva (aqui) - pessoa analógica e digital

- Case Fruttare (aqui) - catalisando comunidades

Duas observações negativas sobre o evento:

1) a organização pecou em diversos aspectos, da estrutura do coffe-break até a falta de microfones para perguntas.

2) A ultima apresentação do evento foi muito ruim, na minha opinião foi um dos maiores tapa-buracos da história.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Grand Prix - Sainsbury's

(Post do Blog Estalo)

Imagine a situação: você é planejador do Sainsbury’s, uma das maiores redes de supermercados da Inglaterra. As vendas do seu cliente estavam em baixa de 0,2% e eles não estavam nada satisfeitos com o trabalho da sua agência, a AMV Abott Vickers.

Resultado: a conta é colocada em concorrência, e o seu emprego em perigo. Boa hora para se sentir motivado, inventar uma nova saída e por que não, ganhar um dos maiores prêmios de planejamento do mundo, o APG Planning Awards de 2007. E assim foi o começo da história do case vencedor do Grand Prix do APG.

A concorrência estava aberta, e para colocar mais adrenalina na história, quase todas as agências da Inglaterra que não tinham uma conta de supermercado estavam de olho na conta da Sainsbury’s.

Para sair do buraco o cliente lançou um briefing ambicioso: aumentar as vendas do supermercado em 2.5 bilhões de libras no prazo de três anos. Ambicioso até demais: só para se ter uma idéia, este valor corresponde a três vezes o valor da marca Pepsi na Inglaterra. Um valor astronômico, que provavelmente foi motivo de piada para algumas das agências que estavam participando da concorrência. Mas para a AMV Abott Vickers, esse número pretencioso foi a grande sacada.

Pense bem: o que significa aumentar as vendas em 2.5 bilhões de libras? Abrir novas lojas? Criar um slogan novo do tipo “Qualidade a preços baixos!”? Aumentar a distribuição de panfletos nos faróis? Duplicar os GRP’s?

Foi pensando nisso que o planejador teve o estalo: “Ok, 2.5 bilhões de libras em três anos. Isso significa 833,333,333 libras por ano. O que equivale a 16,025,641 libras por semana. Levando em conta que o Sainsbury’s realiza 14 milhões de vendas por semana, isso significa que se a cada venda realizada na loja tivermos um acréscimo de 1.14 libras, conseguiremos atingir esse objetivo.”

Com esse pensamento, a agência conseguiu transformar um número assustador e aparentemente inalcançável em algo mais palpável e real. Afinal, falar em um número de 1.14 libras por venda fazia mais sentido do que pensar no macro objetivo de 2.5 bilhões de libras em três anos.

O desafio então era aumentar o ticket médio de cada venda, incrementando o consumo per capita no supermercado. Foi aí que a Abott criou o “Try Something New Today”, uma idéia que tinha como meta inspirar as pessoas a sair da rotina e criar coisas novas na cozinha. Tudo isso com as dicas do tutor Jamie Oliver, um popstar da culinária (e da mídia) britânica – algo equivalente ao nosso Olivier Anquier.

Então, se a sua idéia é fazer um frango, por quê não inventar um Frango com pesto? Já que você vai comer um frango ao pesto, por quê não levar um risoto e misturar com o frango? E pra acompanhar, por quê não tentar criar algo novo pra beber?

O mais legal dessa história é que o “Try Something New Today” não é uma idéia de propaganda. É uma idéia de marketing como serviço. Uma idéia que invadiu a televisão de forma mais útil e interessante do que o usual “Alho por R$2.99”, invadiu e inovou a linguagem das gôndolas, o mix de produtos, o treinamento dos funcionários. Invadiu a cultura pop. Os programas de culinária. E a rotina de milhares de ingleses.

E enquanto os outros supermercados falavam em preços e ofertas, o Sainsbury’s falava em idéias. Idéias para quebrar a sua rotina. Idéias para deixar o seu dia dia um pouco mais diferente, mais saboroso e inusitado.

Parece simples. Parece óbvio. E é bem simples e óbvio. Mas por incrível que pareça, nenhum outro supermercado pensou em levar essa idéia tão a sério quanto o Sainsbury’s. É a máxima de Eiensten aplicada à vida real: “Everything should be made as simple as possible, but not simpler.”

Moral da história: Em apenas dois anos, 1.5 milhões de novos consumidores aderiram a idéia de tentar algo novo no seu dia dia, fazendo a receita do Sainsbury’s aumentar 1.8 bilhões de libras. Se as vendas continuarem nesse ritmo, em três anos o Sainsbury’s terá aumentado as suas vendas em 2.7 bilhões de libras, ultrapassando em 200 milhões de libras aquela meta inalcansável a qual algumas agências devem ter dado risada.

E claro. A Abott conseguiu manter a conta do Sainsbury’s. O planejador não perdeu o emprego e ainda ganhou o Grand Prix do APG Planning Awards.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Marketing online (Part 04)

Aqui vai mais um pouco da pesquisa da McKinsey sobre como as empresas estão fazendo marketing online.

COLABORANDO COM OS CONSUMIDORES
Ferramentas de colaboração como blogs, wikis e redes sociais iniciaram sua participação na propaganda, desenvolvimento de produtos e serviços ao consumidor.

1/3 dos entrevistados disseram que suas empresas utilizam algum tipo de ferramenta interativa ou colaborativa na publicidade. Algo entre 22% usam essas ferramentas para retenção dos clientes, que no consenso geral, ajuda a construir relacionamentos entre empresas e consumidores. O mais interessante é que apenas 19% aplicam as ferramentas para construção de marcas. O entusiasmo para experimentar essas ferramentas é claro: mais de 1/3 responderam que não sabem qual objetivo de marketing seus investimentos em colaboração e interatividade atingem, enquanto, 15% dos orçamentos para publicidade digital das empresas vão para estas ferramentas.

Pouco mais de 2/3 dos entrevistados utilizam ferramentas online para envolver seus clientes no desenvolvimento de produtos. As razões variam de acordo com o setor, que pode testar conceitos ou gerar idéias.

Além disso, 31% responderam que utilizam ferramentas de desenvolvimento de produtos colaborativas, tais como iniciar discussões em blogs para testar idéias, envolvendo os consumidores no uso das ferramentas colaborativas de design, ou testando o comportamento de venda dos produtos em mercados virtuais.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Postais de San Diego – um resumo

Ontem, rolaram as apresentações do GP, resumindo os principais pontos do AAAA – Acount Planning Conference 2007, realizada em San Diego. As apresentações foram divididas assim:

Jay Chiat Planning Awards + Case Smirnoff
Ken Fujioka, diretor de planejamento da JWT e presidente do GP, falou sobre ser jurado nesta edição, além de nos ajudar a entender qual a melhor forma para apresentarmos os cases para o juri (espero que em breve a br4|marketing submeta um!). Vender a história que vc tem (dramatizar) com organização e todas as peças que compoem a campanha (sem economizar) é fundamental para convencer o juri. É claro que o papel do planejador deve ser reconhecido e necessário para execução do case, caso contrário, não adianta aspirar nenhuma premiação.
Guega Rocha, planejadora da JWT, falou sobre a menção honrosa que o case da Smirnoff ganhou (parabéns JWT Brasil). O case, foi sobre como posiconar a vodka em um terreno amplamente dominado pelas cervejas – de tudo alcoolico que o brasiliero bebe 80% é cerveja, contra 04% da vodka. A sacada foi inserir o produto dentro das crenças sobre futebol. Assim, como uma pessoa pode tomar banho no mesmo horário, comer determinado prato, sentar no mesmo lugar antes do início do jogo para dar sorte ao time (no caso a seleção); esses mesmos caras podem beber drinks (feitos com Smirnoff, claro!) que ajudam na torcida. Inventaram drink contra argentino (o melhor de todos!!!), japoneses, para cartão vermelho do adversário, entre outros. A comunicação foi feita com anúncio, site, postais, ativação... tudo isso, com verba de R$ 1MM, considerada baixa. Ai se um desses trabalhos cai aqui na agência, seria uma verba gigante.

Belief: o poder de acreditar
Sumara Osório, planejadora da Lew,Lara, falou sobre como devemos acreditar mais nos valores da marcas e idéias. Apresentou cases que ilustram muito bem como cada um tem o seu jeito de acreditar nas coisas e que isso deve e é importante que seja respeitado. A paródia do case da Dove (quem não viu o original, aqui) é perfeito. Ainda bem que funciona desta maneira. O que acredito ser bom para mim, pode não ser para você e, isso não deve ser visto como o final dos tempos.

Design criando possibilidades
Marcelo Magalhães, planejador da Giovanni+DraftFCB, comentou sobre o design como facilitador da comunicação. Afinal, design está em tudo, da luminária em cima da mesa, até o carro que me leva para todos os lados. Ele baseou sua apresentação nos onze elementos de design da Massive Change.
Outro ponto muito bacana, foi apresentar o conceito da Method (Sumara comentou sobre o tema tb). Para quem não conhece, é uma empresa de produtos de limpeza e higiene pessoal, que utilizou o design como mídia, com isso, seus produtos levam a mensagem para o consumidor, que é cuidar bem da sua familia, mantendo a casa limpa (o foco saiu do benefício do produto para as relações humanas. Irado!!!). Isso sem falar na formulação politicamente correta dos produtos. Sério, dá até vontade de esfregar o chão.

Repensando o papel do planejador
Gabriela Soares, consultora, apresentou a visão da galera de San Diego sobre o novo papel que o planejador assume, dentro do processo criativo. Algumas coisas que vale guardar e usar:
- Planejador não deve ser arrogante, por causa do conhecimento que adquire;
- A informação / conhecimento precisa ser dividido
- Colaboração com as áreas na agência, para o resultado final atender e superar as expectativas dos clientes.

O que achei
O evento foi bom. Excelente conteúdo e muita gente boa espalhada entre os estudantes. Uma pena que não consegui trocar idéias com ninguém (o transito é foda!).
Parabéns à BBH Londres, que levou o GrandPrix por Click, da Axe, no primeiro ano que a competição abriu as portas para competidores estrangeiros. A força dos inglês na matéria.

Bom é isso, espero ter contribuído de alguma forma com este resumo.