quinta-feira, 3 de abril de 2008

Experiência com a marca

Ontem foi um dia caótico. Daqueles que começam com reunião produtiva no cliente pela manhã; o almoço vira um lanche pronto do supermercado Extra – unidade Jaguaré; duas horas de trabalho em casa para ganhar tempo; mais uma reunião no centro de são paulo, com direito a parar o carro na estação Barra Funda do Metrô, porquê ninguém merece dirigir no centro de Sampa; e por fim acelerar para o Centro de Convenções Rebouças – para não ser multado (bendido rodízio), onde participamos do Estandesign 2008.

O problema foi que cheguei lá por volta das cinco da tarde e o evento começava às sete horas. Logo pensei o que poderia fazer neste intervalo, sendo que estava sem internet, ou seja, pelado no mundo, rs! O jeito foi sair andando e procurar o que fazer e observar.

Depois de uns 20 minutos, já na alameda Lorena, me deparei com a Livraria da Vila. Conhecia apenas a primeira que fica na rua Fradique Coutinho (pinheiros). Na hora percebi que ali era o lugar ideal para curtir o meu intervalo vespertino forçado. Entrei e a primeira impressão que tive foi ótima: lugar bacana, decoração convidativa, sonzinho ambiente pra lá de agradável e muitos livros. Andei pelo espaço folheando alguns livros, até que escolhi Wikinomics – como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio, do Don Tapscott e Anthony D. Williams. O restante do tempo que passei lá foi lendo as primeiras 26 páginas do livro.

Escrevi tudo isso, para dizer o quanto é bacana a experiência com a marca e que ela é totalmente sensorial, onde usei visão, tato e audição para efetuar a minha compra. Vale lembrar que foi uma compra 100% emocional e zero racional, pois se estivesse no meu perfeito juízo, teria folheado o livro e comprado pela internet. Mas, a experiência que a livraria me proporcionou, com todos os detalhes possíveis, até a poltrona com luz dirigida onde me sentei, transformou a minha compra num impulso.

Muitas vezes, sentir o que a marca tem para oferecer é muito mais prazeroso do que efetuar uma compra fria e racional pela internet, no caso da livraria. Porque a marca, não é apenas o logo e identidade visual da empresa, mas sim a educação de seus funcionários, o atendimento personalizado, o conhecimento sobre o produtos, o ambiente da loja, a música agradável, o conforto para a leitura das primeiras páginas, etc... etc... etc...

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Fernando,

Excelente texto.
No mundo capitalista que vivemos, estamos cercados de empresas sedentas pelo nosso consumo, e essa valorização da marca, muitas vezes é o que particulamente chamo de "marketing subliminar", pois não há uma propaganda, mas o ambiente aguça seus sentidos e você acaba realizando a compra por pura emoção. Quem nunca foi a um shopping e foi seduzido inconcientemente por alguma vitrine e saiu de lá com compras que muitas vezes, não seriam feitas se fossem pensadas friamente com a razão ou feitas por um sistema "frio" como as compras via internet. Por outro lado, as compras via internet crescem a cada dia que passa, os números divulgados pelo setor são assustadores, em 2007 as lojas online furataram no Brasil R$1 bilhão somente no Natal, um número 45% maior que o Natal de 2006 de acordo com a consultoria e-bit. A dúvida que fica é: Vender pela loja, valorizar a marca, aguçar os sentidos dos clientes ou vender pela internet? Resposta: Os dois!

fErnando Cardoso disse...

Olá Yuri,
Agradeço mais uma vez a visita. Concordo com o seu comentário. A abordagem de venda deve pegar o consumidor onde ele estiver... ou melhor, no melhor momento que ele estiver disposto para a compra.
Grande abraço,
fErnando