quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Os jornais não são mais os mesmos.

Semana passada foi publicada uma matéria na revista Super Interessante, da editora Abril, que falava sobre os 20 anos da revista e fazia uma pergunta: vai fazer 30? Desejo muitas felicidades para a revista, pois adoro o conteúdo publicado por lá, e muitos anos de vida. Mas, o ponto que me chamou atenção na matéria foi a queda na circulação dos jornais. Eles estão sumindo do mapa.

“No ano passado, os sete maiores jornais brasileiros venderam, em média 28% menos do que vendiam há 7 anos. A queda mais brusca foi entre 2000 e 2003, reflexo da crise econômica. Mas, de lá pra cá, os jornais ainda não se recuperaram. Publicações menores, como Estado de Minas e Gazeta do Povo (PR) também diminuíram. No total, os 80 grandes do Brasil vendem por dia 1,2 milhão de exemplares a menos que em 2000.” – disse o pessoal da Super.

Há uns 06-07 anos atrás assisti uma palestra com um dos Mesquitas, diretor do OESP, onde ele foi questionado sobre a operação da empresa frente a Internet. Naquele tempo, ninguém sabia direito o pontencial da Internet, mas gostei muito da resposta dele, que foi mais ou menos assim: “Quem precisa se preocupar com o fim do jornal impresso é o dono do papel. Meu negócio é produzir informação e isso posso desenvolver em qualquer meio.”. Só não avisaram pra ele que não bastava pegar o conteúdo da mídia impressa e simplesmente jogar no digital.

Com a popularização da internet, muitos leitores, principalmente os mais jovens (18 a 30 anos), tomaram como hábito ler as principais notícias do dia quando chegam ao trabalho ou antes de iniciar seus estudos, direto no computador. De preferência, uma notícia que seja rápida e de uma fonte atualizada constantemente, pois ele não quer perder muito tempo com isso, mas também que saber o que acontece com o mundo à sua volta.

Desde então, com essa mudança de comportamento nos hábitos de leitura das pessoas, o jornal – veiculo de muita credibilidade – tornou-se um cara sem graça e foi jogado para escanteio. Calma! Não estou dizendo que o jornal vai acabar, mas acho que vai se tornar um veículo lido pelas pessoas mais velhas e habituadas com ele. Tenho um videozinho, infelizmente não tenho a fonte, que conta uma historinha bem legal sobre essa evolução.

Meu adeus ao jornal da velha forma como o conhecemos e Bem-vinda a internet e todas as possibilidades de chegar nas massas ou nichos, se preferir.




Abaixo, o gráfico da Super (milhares de exemplares por dia, incluindo assinatura e venda em banca.




Agradeço ao André Hieida, aqui da agência, pela ajuda com o gráfico.

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